quarta-feira, 25 de julho de 2012

VIDA DE BIÓLOGO #3

Meus pais conversando na cozinha:

Mãe: - Você viu Edgard, tem um tucano no carro do fulano!?
Pai: - Uai?! Mas pode isso? E o "meio ambiente"?
Risos e mais risos!
Mãe: - Né tucano de verdade nãããããão! É adesivo do canditato Beltrano! kkkkkkkkkkkkkkkk

Juro que eu presenciei isso, sério.
Dá-lhe ano eleitoral.
Haja paciência.


Foto editada do blog Histórias do Eusébio

quinta-feira, 19 de julho de 2012

QUESTÃO DE LÓGICA

O que você pensa ao ver uma pessoa jogando lixo na rua? Tipo, come algo e descarta a embalagem bem descaradamente no chão? Não pergunto em relação às questões ambietais e afins, digo em relação ao hábito de vida de um ser desse tipo.
Eu penso que se uma pessoa faz isso na rua, ela também o faz dentro de casa. Bebe refrigerante e joga a garrafa de PET bem no meio da cozinha, saca? É uma questão de lógica, pura e simples. Acredito que o comportamento que se exibe fora de casa é o reflexo do que se faz dentro dela e vice-versa. Pelo menos é a educação que recebi de meus pais. Os locais públicos devem ser tratados como a extensão do que temos por nosso, de papel passado. Por isso, devem receber o mesmo cuidado, afinal é nosso também.
Acredito também que esse tipo de gente é do mesmo tipo que vende voto, anda sem cinto de segurança, faz gato na rede elétrica, passa trote pros telefones de emergência, escuta funk e sertanejo universitário em volume ensurdecedor (me ajuda, isso nem era pra ser classificado como música!) e que começa uma guerra. Ou seja, gente que acha  - não digo "pensa" pois temo que não saibam o que seja isso - que seus atos inconsequentes prejudicam, somente a terceiros e que se danem - rodondamente e absurdamente enganados! Isso me faz me perguntar: Era esse mesmo o espermatozóide mais esperto!? Bom senso, elegância, educação não fazem parte do vocabulário dessa gente, aliás eles sabem o que significa "vocabulario"?
Não quero dar uma de santinha e espelhar conselhos de 'siga-o-mestre', até porque conselho eu só "dou" quando me é solicitado, só pra evitar a fadiga de ter que ouvir depois aquela máxima que todos estão cansados de saber. Só quero mesmo é registrar a minha revolta com os espíritos de porco que nem sabem o que é bom pra si próprios. É bom pra quem andar numa rua imunda ou visitar uma cozinha emporcalhada? Nem me venha com a resposta ignorante de que a rua precisa estar suja pra garantir o emprego do gari, pois vou ser obrigada a perguntar se você não está a fim de morrer pra garantir o emprego do coveiro. Me poupe.
E só pra ficar claro, não aceito convites pra comer na casa de quem faz esse tipo de grosseria. É isso mesmo que você está pensando: eu tenho nojinho!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

EU, A TROGLODITA INCANSÁVEL

Estou cada dia mais apaixonada pelo livro da Martha Medeiros - Feliz por nada - que ganhei do meu namorado a apenas três dias. Eu já havia lido alguns textos dela, mas a reunião de crônicas deste livro, em especial, está sensacional. Isto deve explicar as 40 edições do mesmo em um único ano.
Eu, que já fui rechaçada publicamente via Facebook por ser totalmente contra o vegetarianismo, eu - a bióloga desnaturada e sem escrúpulos, e que por isso fui praticamente chamada de ignorante por meia dúzia de vítimas indignadas da classe acima citada, hoje gostaria que, indignados ou não, concordantes ou não, inteligentes ou ignorantes, tomassem conhecimento de um texto da referida autora. Este texto já foi publicado em jornal impresso e creio que não deve ser de difícil acesso pela internet, mas hoje, tenho o imenso prazer de transcrevê-lo para os meus ilustres e raros leitores, pois além de classificá-lo como sensacional, é exatamente a tradução do que eu penso sobre o assunto. O sarcasmo dela me fazer aplaudir de pé - ainda bem que ainda existem pessoas sensatas nesse mundo!

Nós, os trogloditas - 24/06/2009 por Martha Medeiros

Semana passada recebi uma enxurrada de informações enaltecendo o vegetarianismo e condenando a prática de se matar animais para comer. Eu, que deliro diante de uma picanha mal passada, já estava me achando a mulher de Neanderthal quando, em meu socorro, sem que eu houvesse solicitado, me chegou por e-mail um capítulo do livro Incríveis casos verdadeiros do gastrenterologista carioca Geraldo Siffer Junior, em que ele redime a carne vermelha, inclusive contando casos engraçados, como o do dia em que, por volta das 17h, percebeu que ainda não havia almoçado e resoleu entrar numa churrascaria que estava praticamente vazia, a não ser por um sujeito solitário que estava ali num canto atracado numa costela. Qual a surpresa do médico ao reconhecer que era seu melhor amigo, notório vegetariano da cidade, que ficou lívido: "Me sinto como se você tivesse me surpreendido com uma amante. Isso é hora de você aparecer? Churrascarias, nesse horário, são alcovas!".
Revistas especializadas já absolveram a carne vermelha, salientando seus valores nutritivos, como a proteína e o ferro, além de confirmar que as menos gordurosas são fundamentais para a musculatura de pessoas idosas, mas nada disso melhora a imagem dos carnívoros: dizem que o pobre do boi não merece pagar o pato. Nem o pato merece pagar o pato. Quem come bicho morto é a escória.
E o que dizer do Obama, que matou uma mosca não para comê-la, mas para fazer gracinha diante das câmeras? Adorei a desenvoltura do presidente norte-americano. Obama se concentrou, mirou e pum: abateu-a de um golpe só. Pois o que era pra ser apenas uma atitude descontraída, acabou atiçando os brios do pessoal do PETA, que defende os direitos dos animais. A organização não se conformou com a execução ao vivo: "Apoiamos a compaixão mesmo por animais pequenos, estranhos e desagradáveis", declarou o porta-voz Bruce Friedrich, que por certo também luta pela preservação dos ácaros. E não parou por aí: "Esmagar uma mosca na TV mostra que o Obama não é perfeito."
Pois é Bruce, Obama não é perfeito, e ainda por cima é chegado num bife. Perfeitos são os que patrulham as pessoas que matam moscas e se alimentam de carne. Nem todo mundo é evoluído, Bruce. Nem todos têm seu grau de consciência ecológica e ambiental. Ainda há muita imperfeição no mundo. Diria até, Bruce, que há imperfeições mais nocivas à sociedade do que as que você combate. Dá para acreditar que há seres humanos que, além de comer carne e matar moscas, são capazes de jogar bombas em passeatas gays, de empregar parentes  que são pagos com dinheiro público, de esfaquear maridos e de espancar meninas até provocar traumatismo craniano? Pois é, Bruce: tem gente que mata gente. Ou gente e mosca dá no mesmo?
Sempre respeitei os vegetarianos e respeito quem preserva a vida dos animais. Mas enquanto não for crime comer carne e matar insetos, que os Bruces deixem de ser radicais e também tolerem as escolhas que, nós, os trogloditas, ainda temos o direito de fazer - pelo visto, não por muito tempo.

domingo, 15 de julho de 2012

BOM DE PAPO

Outro dia estava eu andando na praça, sábado a noite, e fiquei observando as pessoas, os casais de namorados. Um casal, me chamou a atenção: estavam sentados no banco da praça, um do lado do outro, percebi que usavam alianças de noivado e eles não se tocavam e ou se olhavam. Não pareciam estar aborrecidos um com o outro, tampouco brigados. Apenas estavam lá estacados, inertes, com olhar perdido em qualquer coisa, sem prestar muita atenção em nada. Essa frieza chamou tanto a minha atenção que continuei a observá-los discretamente por uns bons vinte minutos. O que me deixava mais intrigada era ver que não trocavam nenhuma palavra, nem com os olhos. A expectativa que de que a cena iria mudar e o possível gelo se quebrar me vazia continuar observando-os. Fiquei meio triste por eles. Jovens, noivos - talvez até de casamento marcado - mas sem nenhuma emplogação, que seria típica de namorados ou pré-bodas. Aí a coisa toma outra cara. Parecem estar assim por comodidade, por conveniência, por obrigação, por falta de melhor coisa pra fazer, por qualquer outra coisa, de menos por paixão ou pelo gosto da companhia do outro. Então por que/pra que estarem juntos? Enfim... eu posso estar equivocada, pois era apenas uma observadora um tanto curiosa e que nada tem a ver com a vida dos dois.

Acontece que essa cena me fez lembrar de um "conselho" que "recebi" não me lembro de onde, mas de um filme, novela ou livro talvez. "Case-se com quem você goste de conversar, pois quando a idade avançar, conversar vai ser a única coisa que conseguirão fazer juntos." Isso mudou a minha vida. Comecei a pensar a respeito e tomei isso como uma grande verdade. Carinho, beijo, abraço, sexo, qualidades, defeitos, gostos, tudo isso tem que casar, mas um bom papo tem que fluir sempre. É preciso conversar, muito! Falar dos problemas, do que viu na tv, do que sonhou, do que incomodou, contar uma piada sem-graça, da viagem que o vizinho fez, da gravidez da amiga, da doença da avó, do jogo de futebol, da receita que testou, da notícia bombástica da internet, enfim, não importa, é preciso conversar. A troca de palavras é tão necessária quanto a troca de saliva. A conversa une, aproxima, esclarece, conforta, melhora o humor também. Dizem que em boca fechada não entra mosquito e que quem fala demais dá bom dia à cavalo. Claro, nada de exageros, como regra pra tudo na vida. Mas sei também que quem tem boca, vai à Roma, vai à esquina, vai pro outro lado do mundo, vai contando história e mostrando quem se é de verdade e se permite ir de encontro ao mundo do outro. Conversar é preciso pra que qualquer casal seja realmente um casal, visivelmente feliz, e claro, não apenas conversa-pra-boi-dormir.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

SUA VIDA TEM TRILHA SONORA? #2

A minha tem sim e tá no último post. E a música que dá uma animada pra Ana De Battisti é "Don't stop me now" da inesquecível banda Queen.
Confere aí no vídeo!


E você, qual é a sua trilha sonora?! Manda pra mim! glenials@yahoo.com.br

bjo

terça-feira, 3 de julho de 2012

SUA VIDA TEM TRILHA SONORA?

Existe alguma música que traduz a sua vida ou o que você vive? Já parou pra pensar nisso?
Pois é... existem letras e melodias que casam tanto com a nossa história que parece que foram feitas por nós mesmos. A identificação com alguma música às vezes é tão grande que parece que o artista que a criou nos conhece tanto quanto a nossa mãe rsrsrsrs.
A minha trilha sonora é a música 'Quase sem querer' da (infelizmente) extinta Legião Urbana. Que o Renato Russo era um compositor sensacional, não é novidade pra ninguém, mas ao escrever essa música, parece que ele foi me traduzindo de um jeito que eu jamais consegueria fazer tão perfeitamente.
Segue o vídeo da música que foi editado por um fã e ficou bem legal.




E você, também tem uma trilha sonora que te traduz? Manda pra mim que vai vir pro blog: glenials@yahoo.com.br  Bjos!

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